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Saturday, May 25, 2013

“Já Tinha Tantas Saudades”


  Já Tinha Tantas Saudades

Já tinha saudades de velhos amigos que a tanto não via. Esta boa gente que me vio partir pequenino e crescendo no regresso, nunca me saiu do coração. Partilharam sua simplicidade e souberam ser amigos na chegada e na partida. O regresso foi sempre mais doce do que a partida embora ficasse sempre a promessa de voltar no próximo Verão. Por muito pobres que fossem sempre partilhavam velhas historias rodeadas de amizade com uma doze de carinho. Esta gente para qual a Fé sempre teve um lugar de relevo em suas vidas ainda hoje fazem parte do homem que sou.
 Muito recentemente fiz questão de passar um dia a matar saudades na minha velha freguesia da Ribeira do Nabo em São Jorge. Ao chegar encontrei algumas casinhas já caídas onde outra hora teriam vivido famílias cujo os nomes somente ficaram gravados nas memorias de alguns mais antigos. O silvado tomou conta das hortas e agora vai derrubando as pedras de lava que outra hora abrigaram famílias inteiras do frio e do vento que soprava la fora. Tantos foram os que fecharam aquela simples porta para nunca mais voltarem de outras terras e doutros lugares la longe nas Américas e Canada.

Ao passar a Ermida de Nossa Senhora da Encarnação fui encontrar o Sr. Lino Chaves no seu passeio habitual de principio de semana. Ao cumprimentar este velho amigo deparei logo os anos e os desgostos já pesados nos seus olhos. Contou-me que já tinha um para la bem novo e depois foi a mulher que faleceu inesperadamente. Fiquei ali com este amigo por algums momentos a procura de umas palavras de conforto que não chegavam. Já não se lembrava que eu um dia tinha passado por sua casa ainda pequeno e com vergonha não tinha dado o bom dia. Recordei que ele me tinha chamado a contas dizendo, “quando se passa por esta casa da-se o bom dia.” A partir desse dia e sempre que passava ao Armazém pensei no conselho que este amigo me tinha dado a tanto ano. Fui com ele ate ao seu destino e depois na despedida dizia ele, “gostei de te ver.” Estas palavras ficaram no ar um pouco: só depois e que percebi bem que estas tinham de ficar gravadas para mais tarde. Estes velhinhos estão desaparecendo aos poucos, e pena.

Fui mais adiante ate casa da Maria de Melo por que uma visita a São Jorge tem paragem obrigatória em casa do José da Silva. Embora ele tenha falecido a largos anos sua esposa sempre nos abriu aquela portinha que fica la ao fundo da canada a seguir a Ermida de Nossa Senhora da Encarnação. Fui encontrar a minha tia mais abaixo de casa sentada no muro a matar uma saudade. Não me conheceu de entrada mas depois vinheram os abraços e o riso que sempre a marcou ao longo dos anos. Ali recontamos as velhas historias a mistura com uma lágrima de vez em quando. Perguntou por todos e quis ter a certeza que eu transmitisse que não se tinha esquecido deles. Hoje com uma idade já muito avançada sobram ile somente saudades de outros tempos e dos seus que já não se encontram entre nos. Guardarei estes momentos como relíquias e voltarei a contar estas historias aos mais novos que de certo não terão oportunidade de conhecer esta grande amiga de tantos regressos a terra que tanto adoro. Um dia que ela não estiver ali ficaremos todos um pouco mais pobres por isso.


 A pequena ermida de Nossa Senhora da Encarnação fica mesmo em frente a Sociedade abaixo do caminho. Hoje a missa e celebrada aos Sábados e com casa cheia muitas vezes, o que agrada os fieis desta localidade. Sua festa e celebrada sempre no ultimo Domingo de Agosto no recinto anexo a igreja, pois foi ali que um dia conheci a minha companheira numa tarde de toiros. O balcão do Cardoso foi onde demos a mão pela primeira vez. Estou me lembrando do lendário Padre Brasil que foi um grande amigo desta gente que ainda o recordam com saudade. Sempre um homem discreto e do povo, dizia: “Aqui dentro sou padre, la fora sou igual a vocês.” Os filhos que um dia se despediram da Senhora voltam sempre que podem para pagar suas promessas ou para celebrar uma missa por alma de quem já partiu. Sempre que volto a ilha faço questão de ou menos passar ali para admirar seu sino e reviver um passado do qual restam apenas recordações. 
Entre tantas casas velhinhas já encontramos uma o outra nova com gente de outros lugares. Ainda bem que alguém ainda se lembra escolher este lugarinho para plantar suas raízes. As terras já mostram sinais de serem trabalhadas como foram outra hora. O meu avó bem dizia que já não ia ser para si, mas sim para os seus netos. Embora os tempos sejam outros o ser humano quais sempre volta as raízes quando as condições o obrigam a fazer-lo. 
 Ao passar a casa que outra hora foi do meu avó senti uma tristeza por ver esta quais caída. Aquela casinha onde vivi e brinquei ate partir para longe com meus pais e meu irmão há muito que passou para o nosso livro de memorias. Ali ficávamos no regresso e recebíamos visitas de vizinhos e amigos que há muito não víamos. O primeira visita era sempre ali entre noite e dia quando o vizinho Nelso batia a porta para dar as boas vindas aos velhos amigos que tinham chegado. Este tinha sempre um riso alegre para partilhar com todos ali presentes. Sempre perguntava pelo meu avó e quando e que vinha cá para irem aos sargos. Hoje embora já velhinho, tem sempre uma graça para contar que ainda nos faz rir. Este grande amigo do meu avó e mais outros que já nos deixaram são recordações de um passado que guardo bem perto de mim. Esta gente que tanto lutou para chegar aos nossos dias são uma mais valia para os novos que não viveram esses tempos difíceis. Ao saltar para a carreira naquele dia senti uma lágrima teimosa por saber que jamais veria alguns destes amigos no regresso


Monday, December 3, 2012

"Este Natal Não Será O Mesmo"

     Este Natal embora se vista de luz e cor, como sempre, para mim já não tem o mesmo brilho. Apagou-se a luzinha que nos guiava nestes dias lembrados. Na véspera de Natal fazia as voltas mais cedo para não faltar a grande abertura dos presentes. Nunca se cansava de recordar Natais mais pobrezinhos passados la na terra para que os netos pudessem um dia contar aos seus. "Era-mos pobres, mas havia mais alegria," dizia ele. Ao abrir as suas ofertas agradecia sempre com uma humildade rara. Todos já sabiam que bastava uma camisa de flanela para fazer este pai e avó de novo uma criança. Aos pés deste simples lavrador aprendi o gosto pelo Natal e pela união de família. Pelo menos naquele dia era obrigatório manter tudo em paz se não... Antes de todos regresarem a suas casas era anunciado em voz alta "já sabem que amanha e aqui."
        
     No dia de Natal vestia-se a rigor e pois sentava-se la no seu lugarinho a espera dos que iam chegando. A mesa tinha sempre lugar para mais um e comida não faltava. A sua Maria levava uma semana a cozinhar para que ninguém pasasse fome naquele dia. Muitas das historias que guardo hoje foram aprendidas a volta daquela mesa. Falava-se, ria-se, e por vezes chorava-se naquele dia por que ali eram recordados os que já não estavam e por outras recontava-se a viajem do ano passado aos Açores. Os Cabrais e o Americo não ficavam atrás por que tinham sido grandes amigos e o Senhor Miguel por que se tinha perdido quando veio passar uma temporada na Costa Leste com familiares. A ida do Antonio Cavalhinha aos Açores mais a sua Helena era apresentada quase como tipo de uma rádio novela com o meu avó na apresentação e como voz principal.
        
     Com o crescer dos netos e a passagem dos anos os Natais foram se transformando num ponto de encontro ali e naquele dia. Os ramos familiares foram brotando para outros lados, o Natal na casa do avó já sofria as suas alterações. As historias eram contadas embora já nem todos as entendessem. O constante era a presença daquele homem que todos respeitavam. Havia sempre uma volta para fazer embora a vontade do enviado fosse pouca. Assim foram correndo os anos e os Natais ate que um dia tudo se transformou.  
 
      Anos mais tarde os Natais passaram para casa da sua filha para onde o Manuel e a sua Maria foram morar. Embora os passos já fossem mais lentos, a vontade de estar em família nunca o abandonou. Agora com os bisnetos a sua volta as saudades de outros natais aumentavam cada vez mais. Agora os netos vinham, já com os seus filhos, de perto e de longe para não perderem os bons momentos ali passados. Ate o Pai Natal um ano fez questão de bater a porta e entrar por que, dizia ele, o Manuel Cabral tinha sido bonzinho nesse ano. O velhinho, já cansado, estava ali noite dentro ate todos se terem ido embora. Quando recebia mais uma das tais camisas de flanela dizia minha avó, "ele nunca mais gasta as que tem ai para dentro." Ficava sempre grato ao criador pela abundcia que ihle tinha parado esta América.
       
      Nos últimos anos alguns dos ramos já tinham partido para os seus destinos. Ele sabia que os que estavam mais longe iriam chamar naquele dia e então perguntava, "eles já chamaram?" La dava uma palavrinha ao telefone com o tal soluço na garganta. Acabava sempre por perguntar,"quando e que vocês vem?" Agora ocupava o lugar que a sua querida mãe tinha ocupado noutro tempo e noutro lugar. Pois ela também vio os mais novos partirem para terras distantes com a promessa de voltarem  um dia. Os natais para ele nunca perderam o brilho embora que os anos tevesem passado na corrida.
     No ultimo Natal, já numa cama do hospital não se esqueceu dos que estavam longe. Ainda guardo um lindo cartão me enviou naquele Natal com desejos de boas festas e felicidades na vida. Pensei naquela altura, será que e mesmo a despedida?  Em Janeiro partiu para estar ao lado da sua mãezinha que tanto adorava. Este Natal e os que estão para vir jamais serão iguais por que ele já não esta entre nos. Deixou-nos tantas lembranças  e o seu lugar vazio a nossa mesa, ate a volta grande amigo!!! 

Saturday, November 3, 2012

Uma Saudade De Outros Tempos e De Outras Vozes

Miguel e seu irmao Raimundo em 1948

    Penso por vezes em tantos artistas que passaram pela minha beira. Algums a cantar e outros a fazer chorar uma guitarra como ninguem. Outros mais fizeram radio em horas que os Americanos nao queriam e por pouco mais do que o amor a camisola. Lembro-me bem de ouvir um Policarpo Godinho fazer as suas saudacoes ao som dos Cinco De Portugal. Aprendi de pequinino a ouvir e gostar de falar Portugues aos acordes da guitarra desse Laurenio Bettencourt. Recordo-me de uma Historia Da Minha Infancia que rodou tanta vez nos programas da Mimi e do Isalino. Esta letra, baseada na triste mocidade do proprio Laurenio Bettencourt, fez chorar muito emigrante recem-chegado que ainda trazia as saudades na bagagem. O Laurenio canta o seu Pico e tudo quanto e Portugues com a tal lagrima na garganta que nos toca ao ouvir uma das suas cancoes ainda hoje. Sinto uma saudade dos Irmaos Rocha com o seu enorme sucesso “Proud To Be Portuguese” que falava na honra que sentiam em ser Portugueses. Ainda guardo um 45 rotacoes com o seu vocalista George Rocha na capa, meu deus como o tempo passa. A Dianne Aguiar foi artista que a doenca traio. Chegou a gravar varios singles e pelo menos um albun so que a saude nao permitiou que continuasse a cantar embora nunca tenha perdido a vontade do o fazer. A Dianne ensinou-me a fe em deus e o respeito pela musica que eu nunca esquecerei.

Quem e que nao se recorda do programa do Frank Mendonca “Frankamente Falando” com os seus conselhos e boa musica. Dizia ele, “ Quando virem duas cabcinhas juntas numa, tenham cuidado. Bem esplicado, isto era um aviso aos ouvintes para se desviarem do tais namoradinhos que por vezes se destraiam pela estrada. Ainda me lembra de algumas vezes ir a missa com a minha mae onde por vezes se podia ver o Sr. Mendonca sentado no banco do costume com a sua gabardin e de sapato domingueiro.

O Miguel Canto e Castro tinha sempre um fado do Farinha ou entao da Amalia para animar aquelas manhas de inverno, os mais velhos diziam que aquilo era um homen discreto! O programa do Miguel era companheiro indespensavel no trabalho ou em casa com as suas inforamcoes communitarias. Embora por vezes algums tivesem partido a ponta do lapis, o Miguel la repetia a noticia mais uma vez.

O programa “Eccos Portugueses” de Frank Dias ainda e lembrado pelos Portugueses do Vale de Sao Joaquim pelas as noticias dadas sempre com qualidade. Estou lembrado de ouvir a noticia do sismo que abalou os Acores em 1980 na voz de Frank Dias. Acabamos a noite de ano novo em silencio e a mesa do meu avo a espera de ouvir mais inforacao sobre aquilo que se tinha passado nos Acores.


Um dia o Sr. Batista Vieira junto de seus parceiros Joaquim Esteves e Jose Rosa pensaram turnar a radio na California mais profesional. Com o nacer da K.L.B.S e da K.R.V.E. As communidades dos Vales de Sao Joaquim e Santa Clara ganharam uma voz que a muito merciam. O Mario Vargas e o seu “Canto Da Trinta e Tres” era progarmacao indespensavel em muitos lares Portugueses ao fim de semana. Mais tarde a Mimi Dias tambem se juntou a grela de progarmacao onde ja estavam algums programas independentes.

Eu nao me podia esquecer da Zita Silva e sua filha Maria Fatima que juntas animavam o programa “As Nove Perolas Dos Acores.” Em tempo ningeum faltava a festa da Zita que contava sempre com boa musica para dancar e muita alegria. O Euclides Alvares soube fazer da “Voz Dos Acores” uma verdadeira escola para quem respeita as letras e a pesquisa de dados sobre a nossa terra e as suas tradicoes.

Foram muitos louctores que por ali passaram como o saudoso Alfredo Cunha para alem do Henrique Dedalo. Hoje a grupo Batista Vieira conta com as grandes vozes principais de Jose Joao, Alvaro Aguiar e Aida Barbosa. Cada um destes louctores e uma referencia no mundo da radio Portuguesa.

Tantos anos passados e tantas vozes que nos marcaram. Agora restam recordacoes e mais nada. Estes velhinhos nao podem passar ao esquecimento embora os tempos seijam outros! Foram eles que com tanto sacrificio ajudaram a manter viva a nossa lingua e cultura em terras estrangeiras. Homens e mulheres que na sua terra nao teriam tido opportunidade de escrever para um jornal ou falar para as multidoes conseguiram tudo isso e mais aqui longe da sua terra, bem haja nobre gente....

Friday, October 5, 2012

"Tempo Santo Que Não Volta Mais"




Com temas emocionantes como "Tempo Santo Que Não Volta Mais" e "O Natal De Um Menino": o mais recente trabalho do poeta António Ramos vai ao encontro de um passado que existe apenas numa ou outra recordação que recontamos aos mais novos em dias lembrados. Este filho do Topo que ha muito emigrou trouxe a ilha na garganta e uma saudade no coração para terras distantes.

Perguntamos ao poeta como e que sentia o tema que da titulo a este seu trabalho discogrfico."O Tempo Santo Que Não Volta Mais para mim e uma canção doce que relata a realidade de quando nos criamos nos Açores e que deixa uma lágrima no olho e o coração apertado para pessoas da nossa idade...e que serve quase como documento/relato aos jovems que já não viveram essas coisas...mas ficam assim a perceber como seus pais viveram e sentiram nesses tempos ...nesse "tempo santo que não volta mais," disse Ramos."Eu tive a sorte de ter nascido e vivido ate aos 10 anos na nossa linda Vila Do Topo, São Jorge Açores, graças a isso...tenho escrito canções como "O Natal De Um Menino" e "Tempo Santo Que Não Volta Mais," frisou.

O tema "Natal De Um Menino tem assinatura do locutor Luso-Canadiano António Azevedo. "Penso que a maioria de nos que vivemos esses natais em que nem sempre o Pai Natal trazia aquilo que nos pedíamos sentimos "O Natal De Um Menino" de uma forma muito profunda,"disse Ramos. Perguntamos se no seu tempo de criança ainda era o "Menino" que trazia as tais prendas. "O Menino Jesus....:) mas também se falava no Pai Natal...talvez por sempre chegar os postais/cartões da América com fotos do "velhinho barbudo," adicionou.

 
O Portimundo quis saber a quem e que o poeta António Ramos se refere quando escreve "o senhor padre em paz esteja" no refrão do tema "Tempo Santo Que Não Volta Mais." "Houve um grande homem na Vila do Topo que dedicou a sua vida a servir...a ajudar as pessoas dessa Vila. Estou falando do Senhor Padre Fernando: o qual recordo com muita saudade...e quem não podia deixar de mencionar neste tema."

António Ramos não evitou responder quando lê perguntamos qual a parte que mais o agrada no mundo das cantigas. "Escrever as canções...e estar no Estúdio a transformar meia dúzia de frases numa canção...e a parte da musica/deste negócio que eu de verdade disfruto de verdade! Adoro estar no estúdio!!!" Este trabalho conta com a participação do produtor Alcides Machado e o do guitarrista Gilberto Machado os quais são primos e grandes amigos do poeta. A cantora Emily, também amiga de longa data, quis transmitir a sua amizade por António Ramos: "Este e um lindo trabalho musical, o António tem de veras uma forma muito especial de compor a letras das suas canções." disse ela.

O poeta António Ramos tem muito caminho pela sua frente no mundo escrito e cantado. Este poeta de certo que terá mais historias de saudade e recordação para contar aos mais novos que não viveram esses tempos difíceis la numa terra distante...

Saturday, September 15, 2012

O Mundo Dos Cruzeiros Contínua Em Crescimento


O Mundo Dos Cruzeiros
Contínua Em Crescimento


O mundo dos cruzeiros contínua em crescimento e assim a empresa Apex Trips da cidade de Turlock, na Califórnia, também alcançou um fiel publico pela virtude de bem servir e saber estar atente as suas necessidades. A sua proprietária, Mary Couto Lewis, já leva mais de trinta e dois anos no mundo das viagens o qual e uma raridade nos dias de hoje onde quais tudo e tratado online. "O cliente bem aprecia o serviço personalizado que só um agente com longos anos de experiência pode oferecer," disse Lewis. "Conversando com o cliente podemos por na mesa um pacote que vá ter ao encontro das suas necessidades," frisou.
Apesar da crise, as vendas do pacote cruzeiro continuam a ganhar cada vez mais mercado, segundo os entendidos. O Apex Trips não foge a regra, e assim a sua oferta de pacotes cruzeiros também tem vindo a crescer. Algumas destas incluem magnificas viagens para as Caraíbas, México, e Europa. A Mary Lewis esta preparando um grande cruzeiro de cinco dias para o México abordo do navio Inspiration(Carnival Cruise Line): com capacidade para mais de 4,000 passageiros a equipa de bordo desenvolvera um excelente programa de entretenimento e diversão bem a gosto de todos os seus passageiros. O popular artista Erminio Lemos animará alguns serões dançantes deste cruzeiro para não faltar a boa musica Portuguesa em mar alto.

As tais viagens de herança a Portugal, Espanha, Itália, França, e Brasil são uma especialidade da Apex Trips. Estas viagens são organizadas especialmente para clientes da segunda e terceira geração que vão a procura das suas raízes. Normalmente estas excursões são acompanhadas por alguém que fale fluentemente a língua do pais de destino. As excursões para Fátima e Lourdes também tem lugar pelo ano fora. Viajar na companhia de um guia experiente torna o passeio mais agradável.

Mary Lewis esta sempre de olhos postos no futuro, por isso já esta preparando uma grande excursão para o Brasil que terá lugar na Primavera do ano que vem. De principio, o grupo visitara Rio de Janeiro, Iguacu Falls, Belo Horizonte e Manaus. Desde as suas lindas praias a sua vibrante vida nocturna, O Rio e mesmo uma "Cidade Maravilhosa. Belo Horizonte (Estado de Minas Gerais) tem uma populaça de 5 milhões de habitantes. Esta jovem cidade oferece todos os confortos de uma moderna cidade. Manus e a maior cidade da Amazónia e serve de ponto de partida para os passeios ate ao interior desta que chamam uma das sete maravilhas do mundo. Iguacu Falls fica situado no fronteira com o pais vizinho Argentina. Esta enorme cascata de agua vale a pena ver e apreciar. Há quem diga que o Brasil tem de ser visitado vezes a miúdo para bem podermos apreciar o encanto desta terra dotada de lindas florestas e grandes cidades. Esta excursão será guiáda pela agente Ângela Pereira, que fez parte do gabinete de turismo do governo Português em São Francisco.

A Mary Lewis tem largos anos pela sua frente no mundo das viagens, o que e uma mais valia para os seus inúmeros clientes e admiradores. Para obter mais informação sobre estes ou outros pacotes de viagens basta visitar www.apextrips.com. Também podem ligar para (209) 632-3935 para conversar directamente com a sua proprietária Mary Lewis sobre a vossa próxima viagem.

Tuesday, June 12, 2012

“David Silveira Garcia Trás O Fado Na Alma”


O jovem fadista David Silveira Garcia já trazia mais de quinze anos de experiência musical na bagagem quando foi convidado a dar os primeiros passos no Fado pelos elementos do grupo de guitarras “Sete Colinas.” Sempre adorou o Fado, mas nunca pensou ter a devida qualidade para ser fadista. Essa duvida desaparece de uma vez e para sempre na primeira prova que teve lugar a praticamente três anos pela mão dos maestros Hélder Carvalheira, João Cardadeiro e Manuel Escobar. De muito cedo, foram estes os responsáveis pelos arranjos musicais que fazem parte do reportório do fadista. “E fácil trabalhar com o David por ser mesmo um fadista natural,” disse Hélder Carvalheira a nossa redacção.   
 Após três anos de trabalho, surge agora o resultado de toda esta luta: “Fados De AlamaLusa” e uma verdadeira obra de nível e qualidade que enquadra o grande talento que possui David Silveira Garcia. O trabalho já tem rodagem nas rádios de expressão Portuguesa espalhadas pelo mundo fora. Os pedidos para entrevistas não param para alem das solicitações para espectáculos um pouco por todo lado. O fadista disse-nos que ainda parece um sonho quando os admiradores lhe pedem autógrafos no fim de mais uma noite de fado. “O grande publico tem sido magnifico com os seus aplausos e palavras de apreço,” salientou Silveira Garcia.  
 Este não esconde a sua grande admiração pelo fadista Fernando Farinha, o qual diz mesmo ser seu ídolo no Fado. “Adoro a paixão que ele transmite em qual quer um dos fados que canta, não tirando o valor a qualquer outro fadista, claro. Ele foi, e é o fadista que mais me toca.” O David Silveira Garcia fez questão de colocar três fados deste imortal no seu primeiro trabalho discografico. Silveira Garcia acertou em cheio na sua simples homenagem a este imortal do fado, tanto na escolha como na execução dos fados Guitarras de Lisboa, O Campino, e Tu Andas Te A Vingar. 
 Por nossa vez, perguntamos a Silveira Garcia se o fado “Relíquias De Um Emigrante” devia uma razão mais profunda pela sua inclusão neste seu trabalho.“Esse fado foi escrito por um grande amigo meu, Abel Raposo. Digo que a letra é minha no sentido que é gravado agora pela primeira vez e é original, mas o Abel Raposo é que a escreveu. Este fado foi escrito quando o meu amigo estava passando por uns momentos mais difíceis na sua vida. Como todos os emigrantes ou praticamente todos, temos estas três relíquias para as quais nos viramos nas alturas em que mais precisamos da ajuda: a Bíblia, a Imagem de Nossa Senhora, e a Coroa do Espírito Santo. Pra mim é um fado muito profundo, que diz muito sobre a nossa fé, as nossas tradições e costumes.”  
 Para ter “Fados d' Alma Lusa” em sua casa basta carregar num dos links incluídos neste artigo  aqui nesta sua pagina do Portimundo. O David Silveira Garcia deixou-nos com este pensamento: “O fado esta na alma de quem o sente.” Esta plenamente a vista de quem o ouve que este jovem fadista sente mesmo a letra de cada fado que canta de uma forma muito profunda. Este Luso Descendente tem um longo caminho pela sua frente que de certo lhe ira apontar para uma carreira repleta de sucessos.





Saturday, May 19, 2012

"Miguel do Canto e Castro Uma Vida a Fazer Comunidade"

Miguel do Canto e Castro
 Miguel do Canto e Castro conta hoje com mais de 50 anos de rádio e uma vida passada a fazer comunidade. Os primeiros passos na rádio são dados na companhia de seus pais e de seu irmão Raimundo na velhinha K.L.O.K. onde mais tarde surgiria Joaquim Esteves. O programa “Da Nossa Terra” surge em 1947 e contínua ate que o jovem Miguel partir para a Forca Aeria Norte Americana em princípios da década de 50. No tempo como havia pouco acesso a musica gravada portuguesa, cantores e tocadores locais eram convidados a participar ao vivo nos vários programas comunitários da época. Miguel Canto e Castro recorda com saudade estes serões passados na companhia de tantos amigos que já partiram para o mundo da verdade. A dois de Julho de 1961, já no Vale De São Joaquim, surge o programa “Saudades Na Nossa Terra” nas antigas instalações da estação K.L.B.S. “Ao saber que eu falava Português o Sr. John Mcadam convida-me a fazer um programa de língua Portuguesa,” recorda Canto e Castro. “Como naquela altura existia uma vasta comunidade portuguesa por estas paragems, pensaram ser boa ideia,” salientou. Para tantos emigrantes que iam chegando a Califórnia naquele tempo o programa do Miguel era indispensável. O tal anuncio de um trabalho numa leitaria local era muito apreciado por quem dele tinha falta naqueles primeiros tempos de América.

  Reza o velho ditado, “filho de peixe sabe nadar,” e não há falas mais certas. Francisco e Josefina do Canto e Castro foram gente de letras que escreveram e publicaram seus trabalhos em tempos muito difíceis, mas que conseguiram ultrapassar essas dificuldades com o espírito de vencer; primeiro em Portugal e mais tarde nos Estados Unidos. “Das minhas portas para dentro fala-se Português,” dizia Francisco do Canto e Castro aos seus filhos para que mantivessem a língua que os vio nascer. Mais tarde, o filho Miguel establesse a mesma regra e faz com que os netos de Francisco e Josefina ainda falam o Português correcto com o seu “Velhinho” la em casa. Josefina do Canto e Castro publicou a crónica “Da Minha Janela” no jornal “O Dever” da ilha Pico e no jornal “Tribuna” da Califórnia ate quais a sua morte em 2008. Para alem das crónicas que referimos, Josefina do Canto e Castro escreveu três livros: “Naquele Tempo”, “Poemas de Ontem
”, e “A Despedida.” Francisco do Canto e Castro publica o livro “Alma Açoreana” em 1967. O poeta vem a falecer em terras do Brasil onde permaneceu os últimos trinta anos da sua vida.

  Este grande senhor da rádio pode-se dizer que abriu o caminho para tantos locutores que viriam mais tarde. Como director de programação étnica da K.L.B.S. naqueles anos, Miguel Canto e Castro foi responsável pelos primeiros passos de tantos programas, alguns já extintos e outros que sobreviveram ate aos nossos dias. O Miguel criou e incentivou programas que marcaram presença no mundo Português e tornaram-se verdadeiras referencias tais como “Saudades Dos Açores” de Euclides Alvares ou mesmo as tais “Nove Pérolas Dos Açores” de Zita Silva e sua filha Maria Fátima. Canto e Castro recorda-se perfeitamente e com saudade destes locutores e outros mais que fizeram parte de uma era dourada da rádio Portuguesa na Califórnia. Hoje com a rádio em phase de transição, o locutor independente voltou a tomar o seu lugar através das ondas da internet, o qual e o caso do Miguel. Ainda bem que Osvaldo Palinha teve o cuidado de trazer “O Velhinho” ate a Radiolusalandia para que podes-mos continuar a ouvir esta voz.

  A boa musica Portuguesa sempre teve um lugar privilegiado na mesa de trabalho do Miguel. O Fado tem sempre rodagem em hora nobre e com a presença dos maiores nomes desde de Amália ate ao Farinha e passando pelo Marceneiro. Desde muito cedo a “ Prata da Casa” também teve o seu cantinho no programa "Saudades Da Nossa Terra." O Portimundo foi ao encontro de alguns destes artistas para conhecer melhor as suas impressões sobre Miguel do Canto e Castro.

  Pela sua vez, o artista Chico Ávila não deixou de enviar algumas palavras de apreço sobre o seu velho amigo: “O Sr. Miguel do Canto e Castro é um homem que merece e sem dúvida tem todo o respeito da nossa comunidade. Com um estilo muito próprio de fazer rádio, conseguiu cativar o seu auditório que sempre lhe tem sido leal durante tantos anos. Além de estar sempre pronto para colaborar e ajudar a comunidade tem sido uma voz amiga e um ponto de encontro para os Portuguesas do Vale de S. Joaquim.

  A Fadista Zélia Freitas partilhou recentemente algumas impersões sobre Canto e Castro com o Portimundo: O Sr. Miguel sempre teve o dom especial de acarinhar o artista local, muitas vezes me-referencio como "prata da casa" valorizando os meus trabalhos, pondo-os no ar para a comunidade ouvir, sempre elevando duma forma ou doutra, e com um espírito muitíssimo positivo. Dificilmente se substitui alguém assim! Lembro-me de inúmeras vezes em que saía de casa pelas 8 da manhã para o trabalho, e ele já tinha ido ao "fundo do barril"buscar musicas lindas para começar o dia! Um ser humano com uma personalidade muito distinta e muito querida de todos nós.  


  Embora reformado, Miguel do Canto e Castro contínua a leccionar cursos de English para o adulto que pretende candidatar-se a cidadania Americana. Hoje o programa “Saudades da Nossa Terra,” lançado a tantos anos no Vale de São Joaquim, tem projectado em todo mundo via internet através da Radiolusalandia e Rádio Portugal USA. Assim mais uma geração terá oportunidade de ouvir e apreciar a rádio feita a falar na saudade e com os olhos bem fixos no futuro. Muito recentemente Miguel do Canto e Castro fui surpreendido pela organização de jovems Luso Americanos S.O.P.A.S ao ser nomeado “Luso Americano de Mais Valor.” Meus amigos, ate o Miguel já tem correio electrónico e faz rádio na net, bem haja este grande homem da rádio que tanto tem contribuído para o engrandecimento da língua e cultura Portuguesa….