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Sunday, August 21, 2011

O Que é Premtido....

                                       

    Começo por vos lembrar que as seguintes recordações do nosso pai e avo são apenas uma recolha de conversas e passagems contadas ao longo de muitas noites e dias lembrados, passados na companhia de família e bons amigos aqui e em Portugal. Passo agora a recordar, e com muita saudade, uma vida passada a trabalhar na terra para que a família não faltase o pão e o abrigo.
    
  Orfão de seu pai muito cedo, o pequeno Manuel Medeiros Cabral conheçeu o trabahlo e a vida dura que marquariam uma grande parte da sua mocidade. A sua juventude, e de particular interesse, por que é daí que surgem aquelas historias que contava variadissimas vezes, mas sempre com aquele brilho nos olhos. As célebres corridas de pedra acompanhado por um ou outro membro da tal "commisão" tornaram-se legenda. Até uma simples cabaça repleta de... servia para pagar uma fala mal dada, o uma falta de respeito por um ou outro vizinho. Manuel foi o último membro fundador a partir; ja lá estavam o Bruno, o Manuel, o José Cabral, o Cardozo, o Albano de Melo e o Manuel Francisco -- estes sendo os principais membros fundadores. Tocaram música, trabalharam juntos, juntávam-se na sociedade e ao Armenzém, e ajustavam este ou aquele portao quando preçiso. Já me-esquecía do Américo, assim como algums que só partcipavam de vez em quando.
    
    Ao casar com Maria Margarida, a vida muda, mas a saude e o trabalho duro não perdoam. Com a vinda de Diamantina, e mais tarde do Emídio, comprova-se bom pai e companheiro. Uma carta de chamada para os Estádos Unidos é lhe-feita pela sua irmã Elvira. Aí começa "a vida da America", do qual ele falava tanta vez. Nunca falava dessa vida com amargura, mas sim com aquela saudade de quem um dia deixou o seu cantinho. "Por muito pobre que seija, foi lá que naçemos", dizia ele aos netinhos que escutavam atentamente; não atendençem eles!!! Plantou vinha, fez vida na agricultura, e por fim, foi feitor de uma manada por longos anos.

  Manuel Medeiros Cabral, como tantos outros da sua idade, apenas sabia asinar seu nome por que Maria Margarida lhe-ensinou com os seus vagares. Este Manuel tinha um saber profundo que a vida não ensina a todos. Eu tive o prazer de assistir ao seu juramento de bandeira ao tornar-se cidadão Americano. Guardo como muita saudade a primeira vez que destmunhei seu voto nas eleições presidençiais de 1998; pois em Portugal não existia essa liberdade noutro tempo. Ensinava a dar os primeiros passos na condução aos mais novos – aqueles que escapavam aos tormentos passados no velho "André". Algums iam de carro para baixo, mas voltavam já a pe por que a coisa tinha corrido mal. Com todas essas zangas, tinha um coração de ouro.

 Tanta vez que me perguntava se o Farinha não estava da vez para cantar um fado. Adorava ouvir em particular "Belos Tempos" por que falava da mocidade e da saudade de outro tempo e de outro lugar. Por vertude de ter sobre vivido os amigos da sua juventude, sempre os recordava por alguns momentos. Voltou à terra varias vezes, mas já não encontrou as coisas como eram, o qual o deixava triste por não ver as terras lavradas e os atalhos tanto cheios de silvado. Ele então dizia "já não é pra mim, mas eles ainda vão cavar e sachar se quizerem comer." Em certa altura deixou de falar em voltar de vez porque o viver que deixou já existia apenas nos seus pensamentos.

  Manuel Cabral deixou-nos o saber respeitar,o bom viver em família, e o ser bom chefe de família. Esses são valores que ficaram marcados nos filhos e netos dos mais velhos ao mais novo. Agora compete a nós a obrigação de ensinar todos estes valores aos mais pequenos, que, embora já mal falem a lingua do velhote, devem seguir seu exemplo. Sobre tudo, este homen, pai, e avô deixa uma saudade que não tem medida. A spiritualidade que possuía também nos marcou por que assim nos ensinou -- que algém, não os homens, criou todo este mistério à nossa volta.

  Assim cumpro, em parte, a promessa feita à tanto tempo de lhe-compor um discurso quando partisse para o outro mundo. Aquí fica esta minha simples homnagem a Manuel Medeiros Cabral; que a sua alma descansse em páz........


Ludgero Cabral 1/28/2010






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